Por muitos anos os cientistas pensaram sobre a idéia de substituir um órgão doente por um saudável de um doador. Inicialmente, o problema era que o corpo humano não era particularmente receptivo aos tecidos estranhos. O sistema imunológico é como um exército, constantemente na guarda contra qualquer invasão de bactérias, vírus ou outras substâncias potencialmente perigosas. Quando o tecido de um doador é colocado dentro do corpo, este exército imunológico o vê como um invasor e ativa seu modo de batalha. As células brancas do sangue atacam e destroem o tecido desconhecido em um processo conhecido como rejeição.
Finalmente, os cientistas se deram conta de que o problema da rejeição não ocorria quando o órgão do doador e do receptor eram de gêmeos idênticos. A semelhança genética impedia a reação imunológica. O cirurgião de Massachusetts, Joseph E. Murray, utilizou este conceito com um ponto a seu favor em 1954, quando realizou seu primeiro transplante de rins com êxito entre gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women em Boston.
A cirurgia do Dr Murray foi um progresso importantíssimo. Porém não era uma solução. Afinal, muito poucas pessoas têm um gêmeo idêntico com quem contar para a doação de órgãos. No final dos anos 60, os médicos descobriram uma maneira de realizar transplantes entre pessoas que não fossem parentes através da supressão da reação imunológica do receptor com medicamentos imunossupressores. O problema era que os próprios medicamentos eram altamente tóxicos. Entre os riscos de infecção e dos medicamentos imunossupressores, a maioria dos pacientes de transplantes não viviam muito após a operação.
Nos anos 80, os medicamentos anti-rejeição melhoraram tanto que a cirurgia de transplante tornou-se rotineira e bem menos arriscada do que havia sido em décadas anteriores. As taxas de sobrevivência aumentaram. Uma vez que os cirurgiões desenvolveram o processo do transplante de órgãos essenciais, como, coração, rins, fígado e pulmões. Eles passaram a focar partes "não essenciais" do corpo. No final dos anos 90, os cirurgiões em Lyon, França, e na Nova Zelândia realizaram os primeiros transplantes de mão com sucesso.
Bruna Henicka Pontin
Bibliografia:
http://saude.hsw.uol.com.br/transplante-facial1.htm
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